Título: O anel do Nibelungo
Autor: Gabriel Lacerda
Editora: Edições de Janeiro
Número de páginas: 95
"O anel do Nibelungo" é uma história muito antiga que se constituiu através de milênios na Europa. Nessa adaptação, Gabriel Lacerda se dirige a jovens e crianças, mas a história não é infantil. Nela há referências para o que hoje conhecemos como "A Bela Adormecida", várias referências à mitologia grega, além de ter sido influência para "O Senhor dos Anéis".
A narrativa começa quando Albérico, um nibelungo "especialmente feio e muito invejoso", rouba um enorme bloco de ouro guardado pelas três filhas do Rio da Vida. Elas o alertam que quem possuir aquele ouro não terá amor, mas o pequeno, que nunca havia pensado em dar ou receber amor, só se importava com o poder.
Ele o carregou, levando o para sua caverna. Chegando lá descobriu que o ouro era mágico e não importava o quanto o quebrassem, a parte quebrada voltava a se constituir. Albérico o usou para dominar todos os nibelungos e maltratava até mesmo a seu irmão, Mime. Forjou um capacete que lhe possibilitava ficar invisível e se transformar em qualquer coisa que quisesse e também um anel. Com esse anel, fazia com que todos os nibelungos lhe obedecessem.
Por causa desses tesouros deuses, gigantes, humanos e nibelungos sofreram, buscaram vingança e morreram.
"Assim foi feito: Brunhilda foi posta deitada, dormindo, no alto de uma montanha, cercada por uma muralha de fogo. Wotan voltou, sozinho e triste, para o Walhalla." (p.33)
"(...) O anel dá poder, desperta a cobiça, é o mal. Tem que voltar para o fundo do rio. Enquanto não voltar, vão acontecer desgraças cada vez maiores.
– Esse anel foi Siegfried que me deu. É o símbolo do nosso amor. Meu presente de casamento(...)." (p. 63)Para que o mundo tivesse paz o anel precisava retornar ao fundo do rio de onde saíra, mas somente alguém capaz de resistir à cobiça e sede de poder conseguiria cumprir esse desafio.
A história conta como os seres humanos, a partir da coragem de uma mulher, começaram a fazer seu próprio destino, sem depender de velhas que o teciam, de leis escritas em lanças ou profecias feitas por outrem.
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