20 maio, 2017
Livro: A revolução dos bichos.
Autor: George Orwell
Número de paginas: 84
Baixado no Lelivros
Escrito por George Orwell em 1945, é ainda MUITO atual quando lido hoje. Este é o segundo livro de Orwell que leio, o primeiro foi 1984, e desde que o li fiquei encantada com o autor e com sua capacidade de expressar seus pensamentos através de analogias ou realidades alternativas e principalmente, o quão atuais os livros são.
O livro nos conta a história de um grupo de bichos que mora numa fazenda, ele nos conta seu cotidiano de trabalho duro, pouca comida e pouco conforto.
Havia na fazenda um porco muito idoso que chamavam de Major, depois que todos os humanos foram dormir Major os reuniu no celeiro para conter sobre um sonho que tivera. Sonhara que os bichos viviam livres, trabalhando em cooperação, sem humanos que lhes mandasse nem maltratasse. Ensinou-lhes uma canção, chamada "Bichos da Inglaterra", que quando pequeno só conhecia uns versos, mas no sonho lembrou-se de tudo!
A vida prosseguiu, mas inspirados pelo Major, os animais mais inteligentes da fazenda começaram a se preparar, reunir seu ensinamentos em um princípio chamado "Animalismo" porque, talvez não agora, mas um dia a Revolução aconteceria.
E um dia aconteceu. Jones, o dono da fazenda, bêbado como estava, dormiu de tarde e se esqueceu de lhes dar comida. Os bichos, mesmo sem combinar, saíram de seus estábulos dando coices, bicadas e chifradas, quebrando tudo. O fazendeiro e os capatazes logo estavam prontos, distribuindo chicotadas. Os bichos não suportaram mais e foram pra cima de verdade, expulsando todos com muita rapidez.
Mal puderam acreditar quando todos foram expulsos. Estavam livres! Podiam colocar em prática a utopia sonhada pelo Major em decorrência disso, por eles mesmos.
Sistematizaram seu sistema de sociedade em mandamentos, planejaram reuniões para debater o futuro da fazenda, cantavam "Bichos da Inglaterra", tinham folga e projetavam várias melhorias a serem feitas que lhes facilitaria a vida, daria mais tempo para que pudessem estudar, se desenvolver nas artes e filosofia e o que mais desejassem.
Tudo ia bem, não havia quem mandasse, nem quem recebesse mais, todos eram iguais, trabalhavam no limite de suas forças pelo bem de todos e do funcionamento da fazenda.
Um dia, no entanto, um dos bichos se assumiu líder, mesmo que quase ninguém notasse, as coisas foram mudando, apenas conseguiam sentir que estavam mudando, "mas tudo sempre tinha sido do jeito que é hoje!" Ninguém se lembrava de ter sido diferente... se lembrasse, deve ter entendido errado antes..
Chegou um momento em que sequer se podia dizer coisas, ou cantar "Bichos da Inglaterra", a revolução já acontecera, a canção estava superada.
As coisas mudaram sem que se soubesse o que, a repressão e o costume os faziam aceitar. A mudança foi tão grande que não se sabia mais quem era animal ou ser humano.
George Orwell é britânico, escreveu vários livros, dentre eles 1984, livro muito querido por mim. Nesse livro, particularmente, Orwell retrata um processo de estabelecimento de um estado opressor e totalitário que trata seus cidadãos como escravos. É possível, ao decorrer da leitura, identificar a analogia na nossa vida e perceber o caminho que nossos líderes mal intencionados fazem para conseguir nosso esquecimento, aceitação, esforço cegos...
É um livro triste de se ler, mas muito necessário, caso queiramos crescer e poder aumentar nossos horizontes, para não nos pareçamos nenhum pouco com ovelhas e muito menos nos unirmos ao seu coro.
Obs.: Eu procuro e baixo livros na internet porque nem sempre tenho o dinheiro para comprar no momento e penso que o conhecimento precisa ser disseminado, usufruído e fazer o papel dele: nos ajudar a crescer e entender melhor o mundo. Mas acredito que é importante comprar os livros que mais gostamos assim que pudermos, principalmente se traduzidos de sua língua original para o nosso idioma,, por isso, tenho a intenção de comprar todos os livros que mais gostei de ler. :)
Livro: Poseur - Brigas, garotos e estilo
Autora: Rachel Maude
N° de páginas: 329
Editora: Record LTDA
Já devo ter dito que compro livros pela capa. Dou uma olhada na sinopse e se parecer legal, compro. Com Poseur foi parecido. Fui no "Projeto Mais Leitura" de Niterói e quando fui pagar, descobri que tinha um livro extra para levar de graça, voltei e fiquei olhando... Por mais um tempão. (Sou muito indecisa rsrs) Quando vi esse livro, não dei muito pela história porque pensei que seria uma história boba, mas como gostei da capa e envolvia moda, decidi levar. Não costumo ler os livros assim que compro, mas quando terminei o que estava lendo, comecei a ler este. E realmente, tem brigas, garotos e estilo, mas não só isso.
Durante as brigas, conhecemos a personalidade de Janie Farrish, Charlotte Beverwill, Melissa Moon e Petra Greene. Meninas totalmente diferentes entre si. A história começa no segundo ano das meninas na escola, elas já se conheciam e não tinham uma boa impressão uma da outra.
A escola se chama Winston Prep. É uma instituição que começou com o objetivo de humanizar os alunos e seu foco era que eles estudassem artes e ciências para se constituírem como seres culturais, mas logo no começo ela se tornou o que conheceremos: um lugar superequipado para ensinar pessoas ricas. Janie Farrish e seu irmão gêmeo, Jake, são bolsistas que entraram na escola apenas no ano anterior, diferente de todos os outros que estudam lá desde pequenos. Janie é descrita como uma "roqueira tímida", mas pelo que pude perceber, ela só não se sente confortável para se pronunciar no ambiente da Winston. Quando está com sua amiga Amelia, ela se solta mais. No ano em que entraram, Janie e Jake não sabia o que os esperava. Em um lugar em que a aparência pesava mais do que quem você é eles estavam em devantagem por causa do momento de acne grave que a pele deles estava passando.
E as meninas se encarregaram de Janie, mais especificamente a Charlotte se encarregou , de dar seu apelido: Pompidou. Um museu de arte moderna na França que é, em sua opinião, "o edifício mais feio, mas esquisito e mais ridículo do mundo." Fui procurar e realmente, ele é bem curioso.
Centro Cultural George Pompidou |
Esse livro poderia ser apenas um romance adolescente, mas pelo fato de ser antigo, o que me chamou a atenção nele foi a forma como ele aborda certos assuntos próprios de adolescentes. Para mim, a forma é antiga porque eu me lembro de que era a forma comum de ae pensar sobre várias coisas, mas hoje, tendo acesso à outras formas de pensar, acho interessante ler para comparar os pensamentos. Além do mais, as personalidades das meninas são bem construídas, todas tem história, motivos, tristezas, apesar do que a maioria pode ver. Highly recommended.
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