02 dezembro, 2015

[RESENHA] O Mistério do Trem Azul



Livro: O Mistério do Trem Azul 
Autor: Agatha Christie 
Páginas: 295 
Editora: L&PM Pocket 
Tradução: Carlos André Moreira 


O mistério do trem azul

Uma das coisas que me fascinam na forma como Agatha Christie escreve seus romances é sua habilidade de começá-los sem nos dar pista alguma do que se trata a história, quem são os personagens principais, quem será assassinado e o mais instigante: quem será o assassino. Há vezes em que conseguimos entender as pistas e pensamos saber quem é o culpado, mas quando isso acontece, não temos ideia de como a pessoa conseguiu ter êxito no plano.
Em "O mistério do trem azul", a autora começa falando de Ruth Kettering, filha do milionário Rufus Van Aldin, de seu relacionamento distante com seu marido, Derek Kettering e um amor antigo que, curiosamente, voltou a sua vida ao mesmo tempo em que surgiram rumores em relação a uma certa joia muitíssimo especial.
Ao mesmo tempo, Katherine Grey, dama de companhia há mais de dez anos da senhora Hartfield, herdava uma grande herança de sua empregadora e partia em uma viagem para aproveitar o "outono" de sua vida, pois sentia que seu desabrochar e viço tinham passado.
"Dizem que encantadores de serpentes nascem, não são formados. E Katherine Grey havia nascido com o poder de lidar com velhas, cães e crianças e ela o fazia sem esforço aparente."
O trem azul foi o meio escolhido por Ruth e Katherine, que de forma incomum se conheceram e confidenciaram sentimentos. 
Os planos foram interrompidos pelos acontecimentos que se seguiram. Para nossa sorte e sucesso do caso, Hercules Poirot estava entre os passageiros e, junto com Katherine, usou seus dotes dedutivos para chegar ao motivo inicial do crime.
"Eh bien, mademoiselle, ao longo de toda minha vida tenho observado alguma coisa: 'O que alguém quer, consegue!' Quem sabe - sua face se contorceu comicamente - Pode conseguir mais do que espera. 
- É uma profecia? Perguntou Katherine sorrindo enquanto se retirava da mesa. 
O homenzinho balançou a cabeça e declarou pomposo: Nunca faço profecias. É verdade que tenho o hábito de estar sempre certo, mas não me gabo disso."
Hercules Poirot é um personagem fascinante. Com seu jeito pouquíssimo convencional, deixa todos confusos, inclusive a nós, muitas vezes, mas conforme nos acostumamos a ler as histórias dele, conseguimos acompanhar seus métodos. Mas não só o detetive possui um personalidade interessante, nessa história, especificamente, a senhora Viner me chamou a atenção por causa de sua divertida impertinência.
Foi um livro que li de forma fluida, com movimento em todos os momentos. A forma como Agatha resgata personagens de outros casos de Poirot e os entrelaça no atual é fascinante, além de torná-los parte decisiva para a resolução do caso.


















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2 comentários:

  1. Beka, que resenha boa!!!

    Nunca li o livro, mas fiquei curiosa!!!!!

    Beijão.

    --
    http://surtandocompalavras.blogspot.com.br/

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